terça-feira, 10 de maio de 2011

Mudar é possível.

Município: Rio Azul
Comunidade: Beira Linha            
       Muitos agricultores do município são “escravos” da Fumicultura. A indústria fumageira que induz estes agricultores a plantarem o fumo chega com promessas de prosperidade e facilidade de produção. Mas apesar da comodidade que num primeiro momento engana aos produtores, pois logicamente a empresa faz de tudo para convencê-los: trazem a semente para plantação, os inseticidas, fungicidas, adubos e muitas outras ilusórias facilidades. Umas delas é a garantia de compra pelo mercado, mas o valor vem sendo pago é cada vez mais baixo, e a produção despende de custos muito altos, tornando-se um meio não lucrativo e muito menos saudável já que cada vez mais os fumicultores desenvolvem problemas decorrentes da utilização dos agrotóxicos na fumicultura.
         Na comunidade Beira Linha (visitada dia 07 de maio de 2011), a família Mongoni cansada desta exploração feita pela fumicultura, vendo que era insustentável continuar a plantar fumo devido aos altos custos sem retorno de lucro e principalmente pelo prejuízo a saúde devido à utilização de substâncias tóxicas no combate as pragas no fumo, fez a substituição gradual da fumicultura para a produção agroecológica. 
     Durante esta transição ocorreu à recuperação do solo, a produção predominante de legumes (olerícola) tornou-se muito mais rentável do que a fumicultura, sem contar com a melhora da qualidade de vida da família conforme relatou o produtor. Esta família serve de incentivo a outros fumicultores, mostrando-lhes que apesar de dificuldades a mudança é possível. 
       De manhã na comunidade houve um diálogo sobre o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) no qual foi explicado o que é cada um deles. Enfatizou-se também que a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) paga 30% a mais por produtos agroecológicos comparado ao valor do convencional. Na parte da tarde foram passadas informações sobre Boas Práticas de Fabricação para os agricultores, alguns já tinham noção sobre o assunto devido a cursos realizados.
      Alimentos produzidos na comunidade: Laranja, pêra, amora, pêssego, mandioca, batata doce, tomate (dezembro, janeiro e fevereiro), pepino (dezembro, janeiro e fevereiro), vagem, cenoura, beterraba, brócolis, couve-flor, uva (janeiro, fevereiro), ervilha em grãos e a torta.
     Alimentos processados: Pepino em conserva, polpa de laranja congelada, vinho de mimosa, de laranja e de uva.



Por Adriella Camila Furtado e Sandy Souza.

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